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sábado, 5 de novembro de 2011

Veja como orientar os usuários de insulina para o descarte adequado de resíduos

Fonte: 
Coren-SP
No Brasil, o descarte de material usado por usuários de insulina na autoaplicação domiciliar é realizado de forma inadequada. A constatação, de acordo com a enfermeira Silvia Carla da Silva André, é fácil de ser feita no dia-a-dia do profissional. Em sua experiência no Núcleo de Saúde da Família (NSF) de Bom Jesus da Penha-MG, ela notou que os usuários de insulina não tinham a “mínima orientação sobre o que fazer com os resíduos da aplicação”.
A pesquisa de mestrado de Silvia na USP de Ribeirão Preto investigou exatamente a realidade do manejo de resíduos perfurocortantes e de origem química e biológica em domicílios de pessoas com diabetes melittus, usuários de insulina. A pesquisa foi desenvolvida com 26 entrevistados no NSF de Ribeirão Preto-SP.
Na forma mais comum de descarte de seringas, lancetas, fitas reagentes e frascos de insulina, os usuários usaram garrafas PET, embalagem considerada inadequada pela Associação Americana de Diabetes (ADA). “Mas o maior problema”, afirma Silvia, “é o número expressivo de usuários que descartam esses resíduos no lixo domiciliar comum”.

Acima: Descarte de resíduos de autoaplicação de insulina em embalagem de amaciante
Lacunas na legislação
De acordo com Silvia, a principal causa do descarte incorreto é a lacuna existente na legislação, que consiste principalmente da RDC 306/2004 da Anvisa e da Resolução 358/2005 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Elas deixam margem para o manejo inadequado dos resíduos gerados em domicílio e entregues nos serviços de saúde. “Associado a essa lacuna, existe também a falta de orientação, que deveria ser feita pelos profissionais de saúde”, afirma Silva. “O profissional geralmente tem o olhar biomédico e curativista voltado para a doença, e não, como é o ideal, uma visão holística do usuário, que incluiria um olhar sobre o ambiente, que também influi nas condições de vida e nos indicadores de saúde”.
Os riscos ambientais envolvem a contaminação do solo e da água, uma vez que no Brasil mais de 50% do lixo tem como disposição final o “lixão”. Os riscos sociais envolvem acidentes com os resíduos perfurocortantes, pelos catadores, tanto nos lixões quanto na coleta residencial.
A ADA, de acordo com Silvia, recomenda que se descartem os resíduos de serviços de saúde em recipientes rígidos e com abertura larga. Os recipientes devem ser feitos de plástico mais rígido que o da garrafa PET, como o de embalagens de amaciante.
A medida em grande parte anula os riscos de contaminação. “Os agentes infecciosos mais preocupantes na prática do descarte inadequado são os vírus da Hepatite B, Hepatite C e o HIV, mas os das hepatites são os que mais preocupam, pelo fato de o vírus da Hepatite B sobreviver até 7 dias no ambiente externo e o vírus da Hepatite C, de 16 horas a 4 dias”.
Em conformidade com a legislação brasileira, os resíduos recolhidos nos serviços de saúde passam por tratamento, seja por autoclave, microondas ou ETD, para posteriormente terem como disposição final os aterros sanitários.

Acima: Sílvia Carla da Silva André (esquerda) e sua orientadora na USP de Ribeirão, Angela Takayanagui
A função da Enfermagem
Por ensinar a autoapliacação e o armazenamento correto da insulina ao usuário e por acompanhá-lo nas consultas de enfermagem, o enfermeiro, de acordo com Silvia, deve “despertar a vontade de autocuidado do usuário, deve dialogar com ele”. De acordo com sua pesquisa, apenas 61,5% dos entrevistados afirmaram ter recebido algum tipo de orientação de algum serviço de saúde.
Uma das formas de educar indiretamente é estabelecer protocolos para entrega e recebimento de seringas nas farmácias das unidades de saúde, o que melhoraria o controle sobre o material gerado em domicílio.
Outra medida é encorajar a reutilização da seringa. Em Ribeirão Preto, por exemplo, Silvia afirma que o protocolo recomenda 4 aplicações com cada seringa para os usuários de um só tipo de insulina, e 2 aplicações para os que utilizam 2 tipos de insulina.
Os riscos na reutilização são vários e devem ficar claros: a lubrificação da agulha é perdida aos poucos, tornando as aplicações mais dolorosas a cada reutilização; acima das aplicações recomendadas, o local pode sangrar causando hematomas, há a possibilidade de extravasamento da insulina, a ponta da agulha pode ficar com a forma de gancho, causando microtraumas e a insulina que fica na agulha pode cristalizar, bloqueando a passagem de insulina na próxima aplicação.

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